9 Mulheres Pretas que Marcaram a História do Brasil

As mulheres negras foram fundamentais para a construção da identidade cultural, política e social do Brasil. 

Reconhecer suas trajetórias é valorizar lutas muitas vezes invisibilizadas pela História oficial.

Por isso, ao longo do texto, você vai conhecer figuras inspiradoras, desde líderes do movimento abolicionista até ícones contemporâneos da arte e política. 

Cada uma delas contribuiu de maneira única para o país ser o que é hoje, então prepare-se para aprender e se emocionar com essas histórias poderosas.

Neste artigo, conheça 9 mulheres negras que marcaram a história do Brasil. 

Continue lendo.

Mulheres Negras que Marcaram a História do Brasil

A História do Brasil foi profundamente marcada pela atuação de mulheres negras em diversas frentes de luta. 

Cada uma delas deixou um legado poderoso de resistência e transformação. Confira:

Tereza de Benguela

Tereza de Benguela, conhecida como Rainha Tereza, foi uma líder quilombola essencial para a resistência negra no Brasil. 

Atuando entre 1750 e 1770, chefiou o Quilombo do Quariterê, localizado na região de Cuiabá (MT), que abrigava mais de 100 pessoas negras e indígenas. 

Sob sua liderança, essa comunidade sobreviveu durante duas décadas, enfrentando as forças coloniais e mantendo sua autonomia. 

Sua memória foi recuperada oficialmente com a Lei 12.987, que instituiu o dia 25 de julho como o Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.


Maria Felipa de Oliveira

Maria Felipa de Oliveira viveu no século XIX na Bahia, sendo pescadora e marisqueira. 

Em 1823, durante as lutas pela Independência da Bahia, liderou um grupo de mais de 200 pessoas, incluindo mulheres, indígenas e negros, nas lutas contra as tropas de Portugal em Itaparica. 

Seu protagonismo foi reconhecido oficialmente apenas em 2018, quando foi declarada Heroína da Pátria Brasileira. 

Sua história simboliza a força da mulher negra nas lutas pela soberania nacional, algo pouco valorizado nos registros oficiais tradicionais.


Maria Firmina dos Reis

Nascida em 1825 em São Luís do Maranhão, Maria Firmina dos Reis foi uma escritora pioneira e educadora. 

Publicou em 1859 o romance “Úrsula”, considerado o primeiro romance de autoria negra no Brasil, trazendo à tona discussões abolicionistas e feministas. 

Em 1880, fundou a primeira escola gratuita e mista do seu estado, enfrentando resistência social e tendo suas atividades suspensas por alguns anos. 

Maria Firmina também publicou contos, poesias e artigos, se consolidando como uma importante voz intelectual do século XIX.


Hilária Batista de Almeida (Tia Ciata)

Hilária Batista de Almeida, mais conhecida como Tia Ciata, nasceu em 1854 em Santo Amaro (BA) e se mudou para o Rio de Janeiro aos 22 anos. 

Quituteira, mãe de santo e anfitriã de rodas de samba, Tia Ciata foi essencial para a consolidação do samba carioca. 

Em sua casa, músicos como Pixinguinha e Donga criaram composições históricas, incluindo “Pelo Telefone”, considerado o primeiro samba gravado no Brasil. 

Sua influência foi tamanha que chegou a atender o presidente da República na época, contribuindo para que o samba deixasse de ser marginalizado.


Antonieta de Barros

Antonieta de Barros nasceu em 1901 em Santa Catarina, filha de ex-escravizados. Professora, escritora e diretora de revistas e jornais, Antonieta se destacou por sua atuação política. 

Em 1934, se tornou a primeira deputada negra do Brasil e foi reeleita em 1947. Defendia políticas de acesso à educação, incluindo propostas pioneiras de bolsas de estudos para estudantes de baixa renda. 

Além disso, publicou crônicas sob o pseudônimo Maria da Ilha, discutindo temas sociais e culturais. Sua trajetória marcou um capítulo importante na luta por igualdade racial e de gênero na política brasileira.


Laudelina de Campos Melo

Laudelina de Campos Melo nasceu em 1904 em Poços de Caldas (MG) e iniciou sua militância social ainda jovem. Aos 16 anos, já presidia o Clube 13 de Maio, dedicado à valorização da cultura negra e a atividades políticas. 

Em 1936, fundou a primeira associação de empregadas domésticas do Brasil, lutando por direitos trabalhistas e reconhecimento formal da profissão. 

Sua atuação incluiu também outros projetos culturais e sociais, influenciando diretamente leis que garantem direitos às trabalhadoras domésticas, uma luta que ainda ecoa nos dias atuais.


Enedina Marques

Nascida em 1913 no Paraná, Enedina Marques foi a primeira engenheira negra do Brasil. Filha de uma empregada doméstica, estudou com muito esforço, inicialmente trabalhando como professora. 

Ingressou no curso de engenharia com 27 anos, sustentando seus estudos com trabalhos domésticos.

Se formou e atuou em órgãos públicos, contribuindo com projetos de grande importância para o desenvolvimento do estado. Enedina desafiou duplamente as barreiras de gênero e raça, abrindo caminho para futuras gerações.


Carolina Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus nasceu em 1914 em Sacramento (MG) e se tornou uma das primeiras escritoras negras do Brasil. 

Morando na favela do Canindé, em São Paulo, trabalhava como catadora de papel e escrevia sobre seu cotidiano. 

Seu livro “Quarto de Despejo” foi publicado em 1960, vendendo mais de 100 mil exemplares no primeiro ano e sendo traduzido para mais de 40 países. 

A obra retrata a dura realidade da pobreza e da desigualdade, tornando Carolina um símbolo de resistência e representatividade.


Conceição Evaristo

Conceição Evaristo é uma escritora, poeta e ensaísta brasileira, nascida em 1946, em Belo Horizonte, Minas Gerais. 

Ela se destaca por abordar questões de gênero, raça e classe social em sua obra, com ênfase na vivência da mulher negra. 

Formada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em Literatura Brasileira, Evaristo publicou livros como Ponciá Vicêncio (2003) e Becos da Memória (2006).

Também é reconhecida pelo conceito de “escrevivência”, que expressa narrativas baseadas em memórias e vivências pessoais e coletivas. 

Sua produção literária recebeu diversos prêmios, como o Jabuti. Em 2019, foi candidata à Academia Brasileira de Letras, reforçando sua relevância no cenário cultural e intelectual do Brasil contemporâneo.


Perguntas Frequentes

Como cuidar dos cabelos cacheados para realçar a beleza negra?

Para valorizar os cabelos cacheados, é essencial usar cremes específicos para cabelos cacheados que ajudam na definição dos fios e no controle do frizz. 

Hidratações regulares, umectação e finalização adequada são práticas importantes, garantindo fios saudáveis, bonitos e com movimento natural, respeitando a textura original.

Babyliss e chapinha podem ser usados sem prejudicar os fios?

Sim, babyliss e chapinha podem ser utilizados com moderação para modelar os fios, desde que sempre acompanhados de um protetor térmico

Esses aparelhos ajudam a criar diferentes estilos, mas é importante realizar hidratações constantes para evitar danos e manter a saúde dos cabelos, especialmente em fios crespos ou cacheados.

A escova alisadora é indicada para cabelos crespos e cacheados?

Sim, a escova alisadora pode ser uma opção prática para mulheres negras que desejam variar o visual de forma rápida. 

Ela oferece um alisamento mais suave, sem modificar a estrutura dos fios de maneira permanente. Contudo, o uso consciente e o cuidado com hidratações são essenciais para manter a saúde capilar.

Quais cuidados tomar ao usar secadores de cabelo em cabelos crespos?

Ao utilizar secadores de cabelo, é importante aplicar protetor térmico e optar por temperaturas mais baixas para proteger os fios crespos ou cacheados. 

Equipamentos de qualidade, como os da marca Gama Italy, oferecem tecnologias que minimizam os danos térmicos, preservando a definição, brilho e saúde dos cabelos negros.

Como a maquiagem pode valorizar as peles negras?

A maquiagem valoriza as peles negras ao realçar seus tons únicos com bases e corretivos adequados, além de usar iluminadores e blushes em tons mais quentes. 

Cores vibrantes nos olhos e lábios também contribuem, sempre respeitando as nuances naturais e realçando a beleza autêntica da mulher negra.

Conclusão

A história do Brasil é profundamente marcada pela contribuição de mulheres pretas que, mesmo diante de obstáculos sociais e raciais, deixaram um legado transformador. 

De lideranças quilombolas a intelectuais contemporâneas, essas mulheres mostraram que a luta por justiça e igualdade é constante e indispensável. 

Celebrar e divulgar suas trajetórias é uma forma de resistir ao apagamento histórico e afirmar o protagonismo negro na construção do país que somos hoje. 

Que seus nomes sejam sempre lembrados e honrados!

Veja também

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 5 / 5. Número de votos: 1

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Como você achou esse post útil...

Sigam nossas mídias sociais

Lamentamos que este post não tenha sido útil para você!

Vamos melhorar este post!

Diga-nos, como podemos melhorar este post?

Artigos Interessantes

Deixe um comentário